O Brasil está cada vez se desenvolvendo e o descarte de lixo é um grande problema nas cidades. Apenas 8% das cidades brasileiras, segundo a CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) fazem a coleta seletiva. A população brasileira gera todos os dias cerca de 126 mil toneladas de lixo de consumo. Se não fossem os catadores com suas empresas cooperativas, os lixos iriam acabar em aterros sanitários e lixões. Segundo a MMA (Ministro do Meio Ambiente), lixos inadequados no meio ambiente causam inúmeras consequências, como por exemplo, a poluição do ar, doenças, contaminação de lençóis subterrâneos e do solo pelo chorume (líquido que é altamente tóxico formado na decomposição de resíduos orgânicos. As empresas cooperativas têm como objetivo recolher os lixos que são gerados todos os dias. Após o lixo chegar nas cooperativas ocorre a triagem, para separar o que pode ser reciclado. Basicamente todo o lixo que a humanidade descarta é um lixo químico, são exemplos dessa poluição efeitos causados por: esgotos domésticos, qualquer tipo de lixo descartado de forma incorreta e resíduos industriais. A decomposição de material químico causa inúmeros desequilíbrios no meio ambiente. Composto com alta concentração de enxofre e fósforo dão origem a substâncias que podem alterar o meio. Os poluentes químicos são divididos em Biodegradável (São produtos químicos que a certo tempo são decomposto pela ação das bactérias.) e Persistentes (São produtos que sua decomposição é mais lenta.). Quando mais desenvolvido o país, mais complexo e difícil de separar, reciclar ou decompor seu lixo. No Brasil são gerados cerca de 230 mil toneladas de lixo anualmente, sendo 59% desse lixo é orgânico ou úmido. São reciclados 13% da produção, o que significa que deixamos no lixo aproximadamente 10 bilhões de dólares por ano, pelo simples fato de não reciclar. Existem aproximadamente 600 cooperativas recicladoras no Brasil, porém, apenas 2% do lixo são destinados a coleta seletiva.
O funcionamento das empresas cooperativas é permitido e regulamentado pela legislação brasileira e constitui um segmento produtivo, no qual os cooperativados não são considerados somente empregados, mas também donos do negócio. No sistema de cooperativas o lucro não é a principal e única finalidade. Esta organização valoriza o sentido humano do trabalho, não se perdendo do objetivo de produtividade, que é incentivada principalmente através da valorização do trabalho. As cooperativas de catadores de lixo têm se apresentado como uma importante alternativa para o problema da destinação do lixo e da degradação do meio ambiente. Abrange também o problema da geração de renda para a comunidade economicamente carente. Por ser uma realidade ainda recente, muito há ainda a ser feito para a ampliação do volume de lixo reciclado no país, sendo a educação ambiental um dos principais instrumentos da gestão ambiental para o alcance deste objetivo. Muitas cooperativas ainda trabalham sob condições precárias necessitando, assim de um trabalho mais qualificado de gestão. A gestão democrática tem se mostrado como o estilo de gestão que mais resultados proporciona ao trabalho dos cooperativados. Entretanto, apesar de algumas dificuldades as cooperativas de catadores de lixo são hoje consideradas como uma medida alternativa fundamental para o problema do tratamento e da destinação final do lixo. Enfim conclui-se que o trabalho das cooperativas de catadores de lixo vem se tornando cada vez mais necessário nas grandes cidades, colaborando para a despoluição das cidades de uma forma mais completa do que a realizada pelas companhias de limpeza urbana tradicional. Devendo ser estendida também para as cidades menores, a coleta seletiva dos resíduos urbanos satisfaz à necessidade de reciclagem de materiais, se constituindo assim uma medida fundamental para a utilização racional dos recursos naturais do planeta e para a economia. O empreendedorismo necessita do uso do conceito de posse, pelo motivo da iniciativa privada conter a motivação do lucro e dos direitos de exploração dos processos e dos procedimentos, consolidando-se em patentes e em propriedades mobiliárias e imobiliárias. No Cooperativismo o respeito à propriedade privada é um fato incontestável e a organização interna da cooperativa estabelece a convenção de propriedades para minimizar conflitos futuros, de posse, e evitar “invasões de terceiros” ou obstruções nocivas à harmonia do patrimônio.